05 dezembro, 2008

Segredos de uma ex-concurseira. (Parte 1)

Aprovação depende de foco, organização e estratégia.
Aprenda com a ex-concurseira, Susan Isozaki, métodos para alcançar a sua tão esperada aprovação.


"Quando me deparei com uma cidade desconhecida e sem contatos profissionais, comecei a me preocupar em como seria a minha vida depois que terminasse de arrumar a minha mudança. Por quanto tempo eu seria dona-de-casa com um diploma decorando a parede da minha sala? Começar, como profissional autônoma, não é fácil em nenhum lugar do Brasil. A coisa fica ainda mais complicada quando não se conhece ninguém.

Foi nesse contexto que comecei a pensar na possibilidade de estudar para concurso público. Seria uma forma de me inserir em algum grupo social (cursinho) e, de quebra, quem sabe, adquirir uma ótima fonte de renda (se aprovada), até o dia em que eu pudesse me sustentar na profissão que escolhi e amo: a psicologia.

Assistir a aula sempre foi um prazer para mim. Nunca fui de filar aulas ou de conversar, rabiscar o caderno e pensar na vida enquanto o professor falava. Mas, por outro lado, nunca gostei de estudar sozinha, em casa, lendo por conta própria. Eu tinha até certa dificuldade de me concentrar quando o texto não era dos mais interessantes. Minha melhor forma de aprender sempre foi assistindo a aula. Até hoje me lembro perfeitamente das aulas de biologia do ensino médio. Foi assim que estudei para concurso, com um adicional: estudava por três horas em casa, vencendo a dificuldade de concentração.

Tive um apoio enorme de meu marido, mais experiente em concursos. Ele me orientava e, todos os dias, antes de sair de casa, me indicava as matérias que devia ser estudada naquele dia. Além disso, ele analisou o edital do meu concurso, escolheu um bom cursinho, específico para o concurso que era melhor para mim.

Como eu era iniciante em concursos, achamos melhor escolher uma oportunidade em que o edital não fosse muito abrangente em relação à quantidade de assuntos. Dessa forma, teria tempo suficiente para estudar todo o conteúdo. Também foi decidido que eu me concentraria somente nesses conteúdos, sem ficar 'atirando para todos os lados', nem 'dando uma passada de olho' em matérias de outros concursos, o que só ia me fazer perder tempo de estudo daquilo que realmente importava.

Foi assim que estudei durante três meses para o meu primeiro concurso: do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cargo técnico judiciário. Este concurso até tinha vaga para psicólogo, mas era para atuar numa área que não era de meu interesse, e a quantidade de assuntos abrangia toda a minha graduação. Escolhemos então um cargo de nível médio.

Passei no meu primeiro concurso. Não é mentira, foi o primeiro que estudei de verdade, que me dediquei pra valer.

Hoje sou servidora pública federal, estou satisfeita com meu salário e com a qualidade de vida que meu trabalho me proporciona. E continuo exercendo a psicologia, pois fui aos poucos fazendo contatos com profissionais da área, voltei a estudar e hoje até já ganho algum dinheiro com isso."
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Susan Isozaki colaborou espontaneamente com o Caderno Concursos.
Você também foi aprovado? Conte-nos a sua história.
concursos@grupoatarde.com.br


FONTE: Jornal A TARDE, Caderno Concursos, 2/12/2008, p. 12.

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